Feira do Livro encerra em Foz do Iguaçu

Feira do livro em foz do iguaçu 18 edição
Foto: Christian Rizzi

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A 18ª edição da Feira do Livro encerrou na noite desta quinta-feira, 26, no Clube Gresfi.

Ao longo de oito dias o espaço reuniu escritores locais e convidados de várias regiões, musicistas, apresentações teatrais, circenses, exposições de arte e uma grande feira com espaço para lançamentos e sessões de autógrafos. 

Com funcionamento em três períodos, a feira foi visitada por mais de 15 mil pessoas, uma média de 1,8 mil a 2 mil pessoas por dia, incluindo estudantes de escolas municipais beneficiados com o vale-Livro, assim como professores e público espontâneo. 

Para a coordenadora da Feira, Thaisa Praxedes o evento estimula e democratiza o acesso à literatura.

“Um evento popular, querido da cidade, que convida pessoas de diversas idades e encanta pelo clima acolhedor e divertido. É um evento complexo e denso, do ponto de vista da organização, mas, que tem um resultado absolutamente efetivo porque agrada pessoas de diversas camadas”.

Última atração da Feira

O último dia foi marcado pela participação da escritora, roteirista e influenciadora Babi Dewet.

Autora de livros que conversam com o universo jovem, ela visitou a feira e conversou com o público.

“Livro pra mim, é um grande elo de conforto, é um abraço quente, esse apoio, que pode não estar tendo em casa, mas é diferente de ver um filme ou estar na internet. O livro está ali, pode estar ali perto num momento caótico para poder ler, para se conectar e essa conexão é esse abraço, que a arte possibilita e isso me inspira muito”.

Babi começou a escrever aos 15 anos, e hoje, aos 37, já acumula prêmios e novos desafios. Para ela, continuar escrevendo para os jovens é uma grande responsabilidade.

“Escrever para os jovens é justamente quando precisamos tomar mais cuidado, porque você está transmitindo algo para pessoas que ainda estão se entendendo melhor no mundo, onde estão, o que querem. Às vezes um livro não precisa ensinar, mas pode trazer um conforto”.

As feiras, segundo a escritora, são como vitrines, onde é possível encontrar mais que livros.

“Aqui vi algo que gostei muito que foi arte, dança, música, que pode atrair pessoas que tenham pouca intimidade com o livro, possam ter essa proximidade.” 

Público da Feira do Livro

Quem visitou a Feira do Livro no Clube Gresfi acompanhou uma programação diversificada e divertida. Crianças e adultos viram de perto espetáculos de circo e de música. 

O show do palhaço Divino Estrupício animou a plateia e arrancou gargalhadas de quem acompanhou a apresentação.

A garçonete Millayne de Oliveira, levou o filho Juan, de 8 anos, para fazer a troca do Vale-Livro e aproveitou para assistir ao espetáculo.

“Circo, a gente sempre para pra ver porque deixa qualquer um feliz. Esse encanto nunca acaba”, disse. 

Além de mais de 50 alunos das séries iniciais, um público espontâneo também esteve no local.

“Vim para o lançamento de um livro do meu neto e paramos aqui para ver o circo. A gente volta a ser criança vendo o circo”, disse Catarina Keller, 81, em visita à feira.

Dentro do pavilhão central, os visitantes intercalaram visitas aos estandes, e um show pocket com Bernardo Pellegrini.

“A feira é vital, pois precisa interagir para estar aqui e isso é muito rico. Aqui tudo se encontra, a palavra, a língua, o compartilhamento de desejos, tudo se encontra um mundo mágico, pois saímos da rotina, e eu acabo sendo um mediador”

A estudante Karolayne, 14 anos, cantou ao lado de Pellegrini e improvisou com desenvoltura.

“Eu lembrava da letra e daí pediram pra eu cantar, e cantei. Gostei porque também pude passear e vi uma quantidade variada de livros”. 

A professora Heloísa Prieve da Escola Monteiro Lobato acompanhou a equipe e 50 estudantes de 2º e 4º anos.

“O passeio na Feira é muito importante para as crianças porque podem acessar os livros com o vale”. 

Estandes

A movimentação foi intensa no pavilhão dos estandes.

A escritora e editora Lhaisa Andria estava animada com a movimentação.

“Já participei da feira como escritora, mas divulgando a minha editora achei mais interessante, pois dá tempo de ter um maior contato com quem circula por aqui”, disse.

No total, 20 títulos de escritores nacionais foram trazidos pela editora Lumus.

Na Edunila trouxe títulos editados e dois com lançamento na feira.

“Nos finais de semana a movimentação foi mais intensa, mas ainda assim o contato com um público variado é muito importante para a divulgação dos trabalhos”, disse Claudineia Pires, do setor administrativo da Edunila.

O Centro Cultural Beneficente Islâmico de Foz trouxe à feira uma variedade de opções em seus títulos traduzidos.

“Fizemos a distribuição de alguns exemplares doados pela Mesquita, e que tratam da religião islâmica. As pessoas demonstram muito interesse e isso é importante para que haja a quebra de estereótipos, de que a religião está associada à violência”, disse Munzer Isbelle, voluntário.

Para Carlos Rossoti, do Sebo Cultural, a média de vendas de livros variou ao longo dos oito dias de Feira.

“A movimentação foi boa, mas precisamos pensar sempre no pós-feira”.

De 19 a 26, a média de vendas oscilou entre 280 a 512.

Itens como gibis e revistas totalizaram mais de mil exemplares. 

A movimentação bateu recorde no estande da secretaria de Educação, por onde circularam quase 23 mil alunos e 2,6 mil professores da rede municipal beneficiados pelo vale-livro.

A SMED investiu esse ano R$ 570 mil na compra de livros de literatura infantil, infanto-juvenil e de literatura. 

Realização

A FILFI foi uma realização da Prefeitura Municipal, por meio da Fundação Cultural, e das secretarias municipais de Educação; Turismo e Projetos Estratégicos; Trabalho, Juventude e Capacitação.

Contou com apoio de: 

Foztrans;

Guarda Municipal;

Polícia Militar;

Senac;

Unioeste;

Unila;

Instituto Federal do Paraná;

PlusNet;

Clube Gresfi.

O evento foi patrocinado pela Itaipu Binacional, SESI e WMIX.

A produção da programação literária foi da Inove Produção.

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