Desde 2017 Foz do Iguaçu não registra casos de transmissão vertical do HIV (de mãe para filho)
A Secretaria Municipal da Saúde de Foz do Iguaçu receberá, no dia 08 de dezembro, uma certificação da Comissão Nacional de Validação (CNV) do Ministério da Saúde pela eliminação da transmissão vertical do HIV.
O município também receberá um Selo de Boas Práticas pelos esforços empenhados nas ações de vigilância, prevenção e controle da transmissão vertical (de mãe para filho).
O evento acontecerá no auditório do TCU (Tribunal de Contas da União), em Brasília e também terá transmissão online.
A secretária da saúde Rose Meri da Rosa representará o município na cerimônia.
Como ocorre a transmissão do HIV?
A transmissão vertical do HIV ocorre quando a gestante, vivendo com HIV/Aids, não realiza o tratamento de forma adequada e transmite o vírus para o bebê ou também pode ocorrer no período do puerpério, durante a amamentação, no caso de mães infectadas.
Desde 2017 Foz do Iguaçu não registra casos de transmissão vertical do HIV.
Este trabalho intenso desenvolvido pela equipe do Programa Municipal IST/Aids e Hepatites Virais e dos outros equipamentos de saúde de Foz do Iguaçu, trouxeram os resultados positivos.
“Graças ao esforço conjunto de toda a equipe, o município obteve parecer favorável da Comissão Estadual de Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical do HIV e foi habilitado a buscar a certificação a nível nacional, que ratifica o esforço realizado na qualificação das ações de vigilância, prevenção e controle da transmissão vertical”, explicou o coordenador do programa IST/AIDs e Hepatites Virais, Wanderley Furtado.
De acordo com ele, apresentou-se o processo de trabalho e os indicadores do município, à equipe Nacional de Validação do Ministério da Saúde.
Feita no início do mês de outubro, durante uma visita técnica.
Serviços para prevenção da transmissão do HVI
Eles conheceram os serviços do:
- Programa IST/Aids;
- Atenção Primária em Saúde;
- Vigilância Epidemiológica;
- Lacen-Fronteira;
- Maternidade do HMCC (Hospital Ministro Costa Cavalcanti);
- Consultório na Rua.
O objetivo, portanto, avaliou a funcionalidade dos serviços rede.
Desde, então, o diagnóstico de que uma mãe tem HIV, junto ao acompanhamento para que a doença passe para o bebê.
Entre os critérios analisados estão a assistência pré-natal de alto risco à gestante portadora do HIV e o acompanhamento durante o parto e nos primeiros 18 meses de vida da criança.
Além do atendimento prestado às pessoas portadoras de HIV, entre outros fatores.
“As visitas foram realizadas para entrevistar os profissionais de saúde que prestam assistência às mulheres portadoras de HIV e ao serviço de Vigilância Epidemiológica do município. Nelas, os técnicos certificaram se as informações que os serviços inserem nos sistemas estão em conformidade com a realidade local”, explicou Furtado.
O Município alcançou o principal indicador considerado para a Certificação.
A qual, portanto, é o de não ter nenhuma criança infectada pelo HIV nos anos de 2020 e 2021, anos considerados para a Certificação.
Em 2020, registrou-se 19 gestantes com o vírus, todas acompanhadas pelo Serviço de Assistência Especializada (SAE) do Programa Municipal IST/Aids e Hepatites Virais.
Em 2021, portanto, registrou-se 16 casos de gestantes com HIV, sendo todas acompanhadas pelo SAE.
Os demais indicadores necessários para a certificação também atestam a excelência dos serviços prestados na rede.
Foz do Iguaçu obteve 100% de cobertura de gestantes infectadas com HIV em uso de terapia antirretroviral (TARV).
Medicamento, portanto, indicado para prevenir a transmissão da doença para o feto.
Além disso, a cidade alcançou 100% de acompanhamento das crianças expostas ao HIV.
Ou seja, até os 18 meses, com exame de sorologia negativo para a infecção para o vírus.
Fonte: Assessoria PMFI