Hospital Municipal de Foz do Iguaçu realiza primeira captação de órgãos de 2025

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Procedimento realizado nesta quinta-feira (13) viabilizou transplantes para salvar vidas, reforçando a atuação do Paraná como referência nacional na área

Nesta quinta-feira (13), o Hospital Municipal Padre Germano Lauck (HMPGL) realizou a primeira captação de órgãos de 2025. O procedimento foi conduzido por meio do Hospital do Câncer de Cascavel e da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), reafirmando o compromisso da unidade com a política de transplantes do estado.

A intervenção aconteceu no período da manhã, no centro cirúrgico do hospital. O doador, um homem de 54 anos, teve a morte encefálica confirmada após a realização de protocolos médicos rigorosos. A captação viabilizou a doação de rins, fígado, coração para válvula e glóbulos oculares, que serão destinados a pacientes compatíveis.

De acordo com a enfermeira responsável pela CIHDOTT, Marta Neves Pereira, a estrutura hospitalar e o trabalho da equipe multidisciplinar foram determinantes para o sucesso da captação.

“A CIHDOTT se dedica incansavelmente a ajudar as pessoas que aguardam na fila por um órgão, pois essa fila é composta apenas por quem precisa, não por quem doa. Nosso compromisso é sensibilizar a sociedade sobre a importância da doação de órgãos e trabalhar para dar voz a essas pessoas que esperam por uma segunda chance de vida”, reforçou.

A diretora-presidente do Hospital Municipal, Iélita Santos, destacou que o hospital desempenha um papel estratégico no fortalecimento da política de transplantes no Paraná. “Nosso estado é líder nacional em transplantes, e a atuação do HMPGL reforça essa posição. A captação de órgãos é um ato que salva vidas e evidencia a importância de um sistema estruturado e eficiente”, afirmou.

HMPGL entre os principais centros de captação de órgãos

Em 2024, o Hospital Municipal de Foz do Iguaçu registrou 49 notificações de potenciais doadores, resultando em 26 captações. Em 2023, foram 48 notificações e o mesmo número de captações convertidas. Esses dados colocam o hospital entre os principais centros de captação de órgãos do Paraná, consolidando sua relevância dentro da política estadual de transplantes.

Paraná líder

O Paraná segue na liderança nacional em transplantes de órgãos, conforme apontado na mais recente publicação do Governo do Estado. Somente em janeiro, realizou 68 transplantes, batendo o próprio recorde. Em 2024, o Estado reafirmou sua liderança nacional em doações e transplantes de órgãos e, em diversos indicadores, registrou os melhores resultados em seis anos. De janeiro a setembro, o Estado atingiu uma taxa de 42,8 doações por milhão de população (pmp), mais que o dobro da média nacional, de 20,3 pmp.

Sistema Nacional de Transplantes

O Sistema Nacional de Transplantes, coordenado pelo Ministério da Saúde por meio da Coordenação-Geral do Sistema Nacional de Transplantes, é responsável pela regulamentação, controle e monitoramento do processo de doação e transplantes no Brasil. O SNT integra as secretarias de saúde de todos os estados e municípios, formando uma estrutura coordenada que centraliza a notificação de doações e providencia a logística adequada para que órgãos e tecidos cheguem em condições ideais aos receptores.

Dentro dessa estrutura, cada estado possui sua própria Central Estadual de Transplantes, que gerencia o processo de doação e transplante em âmbito estadual. No Paraná, a Central Estadual de Transplantes (CET/PR) coordena atividades relacionadas à doação e transplante de órgãos e tecidos.

Para otimizar o processo, o estado é dividido em macrorregiões, cada uma assistida por uma Organização de Procuradoria de Órgãos (OPO). As OPOs são responsáveis por identificar potenciais doadores, manter a comunicação com as Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTTs) e coordenar a logística de coleta e transporte de órgãos. No Paraná, existem OPOs em Cascavel, Curitiba, Maringá e Londrina.

No caso do Hospital Municipal Padre Germano Lauck, localizado em Foz do Iguaçu, a unidade está sob jurisdição da OPO de Cascavel.

Fila de Espera

A fila de espera para transplantes é única e nacional, sendo a mesma tanto para a rede pública quanto para a privada. A ordem de prioridade para receber um órgão é determinada por critérios técnicos, que incluem tipagem sanguínea, compatibilidade de peso e altura, compatibilidade genética e gravidade da doença. Esses critérios visam garantir a equidade e a eficiência na distribuição dos órgãos, garantindo que os pacientes em condições mais críticas tenham prioridade na obtenção de um transplante.

Critérios para Doação de Órgãos

No Brasil, para ser doador de órgãos, não é necessário formalizar o desejo por escrito, mas sim comunicá-lo à família, já que a autorização para a doação deve ser concedida por familiares em caso de morte encefálica.

Há dois tipos de doadores: o doador vivo e o doador falecido. O doador vivo pode ser qualquer pessoa que concorde com a doação, desde que não comprometa sua saúde. Ele pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou uma parte do pulmão. Pela legislação, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores, enquanto não parentes só podem doar com autorização judicial. Menores de 21 anos precisam da autorização dos responsáveis.

Já o doador falecido é aquele que teve morte encefálica confirmada e pode ter órgãos e tecidos captados para transplante. Esses doadores, de maneira geral, são vítimas de traumatismo craniano ou acidente vascular cerebral (AVC).

Fonte: PMFI

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